Bernard Cornwell é um escritor britânico aclamado pelos seus romances históricos.
Nascido em Londres em 1944, seus pais faziam parte da força área britânica durante a Segunda Guerra Muldial. Não se sabe ao certo que fim levaram, mas sabemos que ele foi criado por pais adotivos, excêntricos – eles faziam parte de uma seita conhecida como Peculiar People, uma coisa meio Amish. Fugiu de casa para cursar a faculdade. Trabalhou como professor, trabalhou para da BBC por anos, e resolveu escrever seus próprios livros.
Mas isso, só quando resolveu se mudar pr´Os Estados Unidos. Cornwell se casou com uma americana, mas, mesmo assim, seu green card foi negado (too British?). Então, passou a atuar como escritor, sem registro, vivendo na ilegalidade e compondo sua obra repleta de recriações de momentos históricos antigos de seu local de origem: a Bretanha.
Dentre seus livros, os mais fantásticos dos quais eu já tive contato, são, sem dúvida, os 3 volumes que compõe As Crônicas de Artur. Enquanto Marion Zimmer Bradley recontou a lenda de Artur através do ponto de vista das personagens femininas, Cornwell fez exatamente o oposto: Artur e seus companheiros são retratados de um ponto de vista extremamente macho. Sem frescuras. Com muito sangue e suor. Sem dó nem piedade. E a magia de Avalon dá lugar às... mandingas? Macumbas? E seu Santo Graal na verdade são relíquias de procedência duvidosa... e todo mundo é bárbaro e sujo, e... é sensacional!
Essa “escrita para machos” permeia toda a obra do autor. Desde sua interminável série sobre Sharpe (vivido no seriado britânico pelo Sean Bean, sim, ele mesmo, Lord Eddard!) que hoje já conta com uns 20 volumes (eu parei no terceiro... shame on me... ), passando pela trilogia do Arqueiro, suas Crônicas Saxônicas e seus livros avulsos como O Condenado e Stonehenge. É melhor deixar o “nojinho” de lado se resolver se aventuar a ler cenas realistas de guerras em épocas nas quais nem se sonhava com armas de fogo, granadas e bombas atômicas... era tudo feito “na unha”. E Cornwell sabe contar essas histórias como ninguém.
Fica, então, o convite a conhecerem o trabalho deste escritor fantástico, e, se quiser uma sugestão de por onde começar, eu não vou pensar duas vezes: comece pelo O Rei do Inverno ;)
* o termo "Tough lit"surgiu para denominar livros que seriam o oposto de "Chick lit", ou seja, ao invés de "livro de mulherzinha", temos aqui "livros pra macho";)
O único livro dele que li até agora foi o Azincourt, que aliás é ótimo.Tem uma cena de guerra que passa a sensação de estarmos assistindo um filme de tão grande o nível de realismo, até o som das flechas cortando o ar o Cornwell consegue descrever com primor.
ResponderExcluirO nível de crueldade retratado nas cenas também é de deixar a gente de queixo caído. sensacional.
Oi Tati! Já li alguns livros avulsos do BC mas tenho 2 séries em casa me esperando há alguns anos! Muita vergonha pra mim, mesmo pq histórias de reis, rainhas e batalhas estão entre as minhas preferidas! Sem contar que eu adoro o universo "sujo" criado por BC. Bom... coloquei tudo no kindle e vou ler em breve, não tenho mais desculpas!! Bjo bjo bjo!! Isa - LidoLendo.
ResponderExcluirEu nunca li nada dele. O filho de um ex chefe, com quem eu conversava muito sobre livros, ADORAVA e sempre me indicava. Até se ofereceu para me emprestar alguns, mas eu sempre adiava. Queria ler, mas não sabia por onde começar. Agora com a sua dica, não tem porque adiar mais né!? :) Beijinhos, Tati!!
ResponderExcluirÉ meu autor favorito mas não sabia nada sobre a vida dele. Mto bom saber!
ResponderExcluir