Acredito
que ninguém, com o mínimo de esclarecimento, duvide que nosso entendimento e
filosofia a respeito do amor romântico tenha sido moldado, desde a infância,
pelas histórias de príncipes e princesas, pelas comédias românticas e pela propaganda.
Nessas
esparrelas, quase que invariavelmente, a mulher é frágil, dependente e
NECESSITA para ser feliz, de um homem que a resgate. A resgate de sua própria
vida, já que ela é apresentada sempre como incompleta, entediante ou até
insignificante. O pé da princesa deve caber no sapatinho para que ela seja
escolhida. O que acordaria a virtude feminina em toda a sua plenitude, é o
beijo masculino, que caso não seja concretizado, consignará sono eterno.
Se
alguém acha que isso é estorinha antiga, é porque vive em Marte e não ouviu
falar de “Crepúsculo”. Sim, Crepúsculo. O sucesso estrondoso de um livro abaixo
do medíocre e que foi seguido de uma franquia de filmes piores ainda, demonstra
que essa mesma mentalidade, formada bem lá atrás, foi perpetuada geração após
geração.
Nessa
excrescência juvenil, a protagonista é acometida de um amor tão doentio, que não
encontra sentido em sua vida sem ser ao lado de um vampirão afeminado que
brilha ao sol. Ela não come, não dorme e, quando dorme, tem pesadelos. Se afasta
de todos por meses. De sua família, amigos e escola. Abdica de sua vida e projetos. Pensa em suicídio com
frequência, acredita que não há mais sentido em prosseguir. É feita de gato e
sapato e, ainda assim, permanece subserviente, aguardando o retorno de seu
“salvador”. E tudo isso é apresentado no livro e no filme como algo a ser
louvado. A ser exaltado. Fico imaginando quantas meninas sonharam em ser a Bella. Que mensagem, não? O quão pérfido, o quão estúpido é isso? O quão isso se
parece com DOENÇA? Daquelas tratadas à base de tarja preta e oração forte.
Não
obstante, a tola ficção vendeu como água no deserto. Arrastou multidões de
adolescentes aos cinemas. Seus atores principais viraram estrelas de primeiro
escalão em Hollywood. Tudo em atendimento ao amor psicótico. Que também
precisa, como se não bastasse já ser ruim o bastante, ser perto do impossível.
Quanto mais difícil melhor, né?
Essa
é outra estultice que foi igualmente difundida. O amor, se for calmo,
remansoso, tranquilo, simples, deve ser descartado. Mais uma herança da nossa
cultura judaica-cristã? Aquela mesma que transformou o prazer em pecado e, sobretudo,
o sofrimento em virtude? É bem provável que exista o dedo dela aí.
Reparem
como nessas estorinhas e nas comédias românticas, o casal, antes de concretizar
o seu “destino”, precisa se foder de verde e amarelo. É ou não é? Se não
sofrer, não apanhar da vida, não ultrapassar a tudo e a todos, não vale porra
nenhuma. O cara não pode conhecer a menina, tomar um café, conversar sobre a
vida, ir a um cinema e dar tudo certo? Claro que não, caralho! Que merda de
relação é essa onde não há sofrimento? Como se contas, doenças, engarrafamento,
seu time que está uma merda, não fosse o suficiente.
Pois
é, é justamente esse lixo de “patologiazinha” que é vendida e comprada sem se
olhar a embalagem, todos os dias. O que prevalece é esse pensamento pequeno
burguês, de que para o amor ser legalzão é preciso uma mulher submissa a ser
resgatada por um homem imbecilizado e acomodado em seu, na maioria das vezes,
conveniente papel de salvador. Esse é o amor que foi institucionalizado.
Pois
eu lhes digo, senhores e senhoras, e desculpem o meu francês: o caralho que
isso é amor! Amor não é isso. Pode ser no comercial da Doriana. Mas não no
mundo real. E não é porque o amor não se consigna no que você sente, mas sim no
que você faz para quem você diz que sente. Qualquer um diz que ama. O mais estúpido dos
homens é capaz de dizer que ama alguém. Isso é com ele, importa só a ele. O que
importa ao outro, é a atitude em direção ao que afirma.
Sua
atitude de soma, de compreensão, de parceria. Sua clarividência de que o amor
fora das telas não impõe cavalos brancos, viagens transatlânticas ou pérolas
negras. O amor verdadeiro é mundano e palpável, mas sem ser rasteiro ou
pedestre.
Pessoa
dizia que “não há mais metafísica no mundo senão chocolates” e digo que toda a
metafísica também não alcança o sentimento ultra genuíno oriundo de se correr até farmácia a fim de buscar, para
quem se ama, o absorvente inesperado em uma noite qualquer, de um dia qualquer.
Amar
não é se sobressair, não é flertar com o impossível, não é despertar o outro
com um ósculo enfeitiçado. Amar é o contrário disso. Amar é abdicar sem se
submeter. É conhecer o pior do outro e saber que foi, também isso, que o fez
amar. Amar não é comer junto o faisão pantagruélico, é dar a última mordida da cheesecake de fim de samana, para o parceiro. Quanta metafísica existe aí, meus
caros amigos? Me digam.
Amar
não é construir um pedestal para o seu amor, mas estar perto para evitar a queda,
caso ela venha a cair dele. E temos a responsabilidade de fazer isso porque já
o pusemos lá em cima faz tempo, mesmo que ele nunca tenha pedido. E porque
dizemos que amamos, mas isso não fará diferença se não agirmos como se houvesse verdade no que fora prolatado.
Eu
fico cada vez mais pasmo com o que fazem com o amor nos dias de hoje. O
vulgarizam, o tomam por paixões cotidianas, cospem-lhe nas fuças, pisam em
cima...e depois culpam a ele e ao outro. O "amado". A maldita "culpa" nunca é nossa. Quando não deu certo, dizem que é
supervalorizado. Que não é tudo isso. E o das revistas e cinemas não é mesmo.
Mas ele nunca teve a pretensão de sair das telas. Você é quem acreditou nisso.
Porque sempre te disseram que o amor, para valer a pena, tinha que ser de um
certo jeito. Que tinha que vir em uma latinha. Pior ainda, quem sabe você até
já o teve mas não percebeu. Por o considerar muito comum, trivial, “sem glamour”.
Por não ter sabor de Mentos.
Que
bobagem, o amor de verdade tem vários sabores. E aí está toda a graça. Ele se
reconstrói na conversa e não no sexo. O sexo não impende amor, essa é outra
mentira vagabunda acerca dele. Mais uma mentira. Para o sexo, só é preciso
tesão, o que é muito diferente.
No
amor, o “tesão” é decorrente de muito mais do que o que se vê. Muito mais. É
uma palavra atirada. Uma mão apertada. Um telefonema sem motivo. Um olhar só
seu. Onde há necessidade de sofrimento aí? É menos amor? O sofrimento é a vida
quem traz e não o amor. Se o seu “amor” está te trazendo sofrimento, ele é
tudo...menos amor. Você é que acha que é amor. A culpa é sua, não bote na conta
do amor.
O
seu amor deveria estar ali para te ajudar a atravessar a vida. Não para
construir muros. E ele é fundamental porque carregar sozinho o fardo da existência é muito
difícil, quiçá insuportável. É preciso dividí-lo, comungá-lo com alguém na
estrada. E é isso que queremos. É o que deveríamos querer. E não sermos
príncipes de princesas entorpecidas, fragilizadas, mumificadas em contos
infantis. O amor, pelo menos aquele no qual acredito e reverencio, não avaliza e muito menos aprecia, a menina aprisionada em um corpo de mulher.
Amar
é olhar para quem está ao lado e desejar se tornar uma pessoa melhor. É
empurrar o parceiro ladeira acima, é entender que o tombo, se acontecer,
machucará os dois e aprender que o remédio precisará curar a ambos. Amar é um exercício de
desprendimento do narcisismo que nos engessa, nos afastando do verdadeiro
mérito que poderíamos ter em nossas conquistas, se descobríssemos que também
somos o resultado do que as pessoas a quem amamos fizeram de nós. Amar é,
sobretudo, deixar o outro livre para que seja cada vez mais dele, sabendo, que só
assim, também será cada vez mais seu.
Seu texto ficou muito verdadeiro. Crescemos com estes contos de fadas e acreditamos neles. Acho que só percebi esta alienação depois dos 25. Não que agora eu não veja desenhos ou romances, mas muito mais pela diversão do que pela estória. Se os contos de fadas da nossa época já carregavam conceitos errados, é melhor nem comentar sobre os "vampiros brilhantes" de hoje.
ResponderExcluirPerfeito. Verdadeiro! !!!!
ResponderExcluirSempre que eu termino de ler seus textos eu fico com sede de mais.
ResponderExcluirHP me identifico demais com os seus textos. Também acredito que "amor" que faz sofrer não é amor mas sim doença, obsessão. Vivo um amor tranquilo, sem brigas, com continuidade. Minhas amigas sempre tem como novidade os desentendimentos e reconciliações com os seus amados e eu estou sempre vivendo na paz, sou casada a 13 anos e prefiro a minha forma de amar. A sociedade nos impõe que se não formos grudentos, ciumentos, obsessivos não é amor. Sempre falo que, se isso é amor prefiro continuar sem "amar". Elogiar a forma como você escreve nem tem mais graça é sempre incrível e nos deixa com vontade de saber sobre o que será o próximo texto. Beijos para você e para a Tati.
ResponderExcluir(eu sempre leio os textos, mas acho que nunca comento. rs)
ResponderExcluirEu gosto muito do início daquela música do Cazuza: "eu quero a sorte de um amor tranquilo..."
Nunca gostei da ideia de "pra ser amor, tem que lutar e sofrer", sempre preferi o amor companheiro, amigo, íntimo sem falar alto. Sou mais a serenidade das mãos dadas durante um filme do que as cenas de ciúmes em público.
Acho que o amor tem que trazer leveza, dividindo o peso da vida e fazendo com que tudo tenha mais cor.
Amor que sufoca, faz sofrer e machuca não é amor. É psicopatia. rs
Também fui uma menina estranha na infância e não curtia os contos de fadas. Essas princesas eram moles de mais! Que chatas! hahahah Eu AMAVA Mulan. Que ia pra guerra e não precisa de nenhum homem pra salvá-la, pelo contrário. rs
(mas eu confesso que adoro Crepúsculo. hahahahaha Apesar de querer socar a Bella all the time! XD)
Independente da qualidade de Crepúsculo, é importante ressaltar que você é uma pessoa que consegue separar bem a realidade, do sonho, da fantasia, da fição. Até por questão de idade. Mas me preocupa muito o que está embutido ali. Twilight me parece ultra sexualizado e a protagonista feminina colocada absolutamente como dependente e submissa. Como disse, isso não vai mudar a sua expectativa romântica de vida, pela sua maturidade e personalidade, que já se formou. Mas e quanto a uma jovem adolescente? Será que o peso é o mesmo? Ela irá crescer um dia. Disse isso, faz mais de dois anos. Alguma coisa precisa atender a esse público viúvo de Crepúsculo. E aí me aparece 50 tons de Cinza. Acho um pouco complicado. Mas no que tange ao amor, infelizmente Vitória, o nosso entendimento parece ser minoria. E como trabalhei com direito de família por muitos anos, posso te garantir que o cenário não é bonito. Restar dar o recado e torcer. Grande abraço para vc! :)
ExcluirDesejei que o texto nunca terminasse. E depois que li, percebi que ele realmente nunca termina em si.
ResponderExcluir:)
ExcluirComo é bom ver essas pequenas coisas tão fofas na internet. Um texto que fale de amor, uma imagem no tumblr que mostre o carinho de uma criança por um animal. Essas coisas lindas e fofas que são impossíveis não gostar de ler e ver. E que são raras de ver, viu.
ResponderExcluir"O cara não pode conhecer uma menina, tomar um café, conversar sobre a vida, ir a um cinema e dar tudo certo ?" Até em outras relações parece que é necessário o sofrimento, aquela angústia. A paz e a calmaria são vistos como algo ruim. Eu ein.
Parabéns pela linda mensagem.
Muito obrigado, Fernanda! :)
ExcluirCara, seu texto é maravilhoso! Parabéns!!!
ResponderExcluirAgora, você que comentou sobre essa relação que as adolescentes tem com o Crepusculo, dá uma olhada nesse vídeo. Eu achei assustador e preocupante demais. =/
https://www.youtube.com/watch?v=mOlwtAf9P1o
Belo texto HPCharles!
ResponderExcluirJá li os livros da Saga Crepúsculo e não amei, mas até que gostei para uma mera distração. O fato do romance doentio e da submissão da Bela com o Edward também me incomodou bastante. A ideia de amor que você descreveu representa o que ele é pra mim. É claro que muitas vezes nos magoamos por amarmos ou acharmos que amamos alguém, mas nunca podemos nos esquecer que ele existe e de como ele é.
Essas princesinhas também me irritam bastante! Desde muito cedo percebi que todos eles tinham a mesma historinha e que sempre terminavam com o "Felizes para sempre". E depois? Um casamento é só isso? Não. É tudo aquilo que você disse sobre o amor, é cair e levantar juntos, passar por dificuldades, tristezas e alegrias.
Enfim, muito boa essa sua concepção sobre o amor. Muito obrigada por me conceder a oportunidade de ler um texto maravilhoso desse e espero que tenham mais.
Abraços.
Se o HP Charles escrevesse um livro, eu o compraria.
ResponderExcluir; )
Adorei o texto, muito interessante a sua visão sobre o amor. Eu penso e acredito que o amor é nosso melhor amigo.
ResponderExcluir:D
Analisando o contexto histórico, essas histórias tiveram suas origens em séculos passados onde o casamento era o único destino de uma mulher mesmo as de classes mais altas. O homem era a "cabeça" das famílias e das instituições e as mulheres eram consideradas inferiores e necessitadas do controle masculino em suas vidas, pois muito poucas tinham algum acesso ao mínimo de conhecimento e liberdade. Por se tratar de clássicas histórias de tempos passados seu enredo não se aplica mais ao atual contexto onde a mulher pode escolher se quer se casar, trabalhar ou ter filhos. Os livros e filmes que tratam do amor complexo, servil e cheio de sofrimento têm lá o seu mérito quando se trata de histórias de superação onde o casal principal não consegue ficar junto em decorrência das adversidades da vida e não porque o amor é complicado por futilidades românticas e imaturidade. Aparentemente roteiristas e escritores preferem se prender a antiga fórmula pronta do príncipe que salva a princesinha frágil, virgem e bela. Bilheteria garantida suponho, sustentada por uma maioria de mulheres que acreditaram no conto de que precisam de um homem para lhes dar segurança e estatus social de "mulher casada". Ser a solteirona "encalhada" ainda é vergonhoso e passa a ideia de fracasso não importando a quantidade de diplomas e certificados profissionais que a mulher possua. Por fim, também "quero a sorte de um amor tranquilo". Mais um bom texto, HP Charles. ;-)
ResponderExcluirAdorei o texto! Eu acho que é bem por aí mesmo, a ideia que nós temos de amor hoje é o padrão hollywoodiano, o amor que vende bastante, alimentando a necessidade de coisas grandiosas e dolorosas que as pessoas demonstram? Ou será que essa necessidade também foi embutida? Enfim, essa visão é perigosa, cara. Realmente, uma jovem que cresce com esse tipo de pensamento tem de tudo pra se manter infeliz e submissa ao patriarcalismo.
ResponderExcluirEu li Crepúsculo quando tinha 13 anos e cresci com essa ideia de amor. Hoje eu tô aí na luta lendo Simone de Beauvoir pra tentar reparar os danos, hahahhaha. (Sério, até hoje ainda tenho umas recaídas e umas ideias erradas sobre o amor, e não tem nada a ver relacionar o amor com o sofrimento). Enfim, eu estava mesmo precisando de um texto assim, brigada!
"Me diz se assim está em paz, achando que sofrer é amar demais?"
Saiu de Stephenie Meyer para Simone de Beauvoir, se fosse para fazer uma analogia, diria que você foi do vômito para o vinho, rs.
ExcluirAbçs.
Olá HP, primeiro texto seu que li e não poderia ter gostado mais! rsrsrs Sério você é bastante direto, específico e com críticas relevantes não é aquele blá, blá, blá que estamos infelizmente acostumados a ler na internet sem fundamento nenhum.
ResponderExcluirSim, eu concordo completamente que as histórias infantis se aplicam as mentalidades do século XXI, é até ridículo você pensar em criar uma filha contando pra ela uma história de uma mulher que fica em coma! como é a da Bela Adormecida, por isso eu realmente vibrei quando levei meu afilhado ao cinema e assisti Frozen, nossa que mudança de paradigma um enredo que não gira em torno de um amor platônico e super idealizado entre um super herói e uma retardada! Acredito que estas histórias abrem espaço para debates de como queremos influenciar nossas crianças e nossos jovens.
Abraços,
www.miniquiteria.blogspot.com.br
Ora, muito obrigado, Karollyna!
ExcluirEsse texto é absurdamente lindo!
ResponderExcluirE acho que não tenho mais palavras para dizer o quanto gostei...
Meus parabéns!!! pelo texto, pelo blog de vocês, por tudo! Estou muito feliz por ter caído aqui!
Até mais!
http://resenhasdalu.blogspot.com.br/
;)
ExcluirQue texto FODA! Adorei!
ResponderExcluirTodo mundo precisa ler isso! E precisa ler URGENTE!
abçs
Uau que texto lindo!! Não costumo comentar em blogs, pots, videos etc. Mas dessa vez me sinto na obrigação de te agradecer. :) Sei que não escreveu pra mim, claro você nem me conhece rsrs. Mas sabe quando a pessoa escreve algo e você se identifica muitoo? E parece que a pessoa escreveu pra ti? Pois é rs. Valeuu. obs: Eu também não queria que o texto terminasse.
ResponderExcluirUAU! Parabéns! que texto top! =)
ResponderExcluirÉ sempre um alívio ler seus textos. Você consegue transformar palavras em sentimento e sempre com muita coerência. Adorei.
ResponderExcluirSempre que perguntada sobre meu amor pela literatura, é com pesar que respondo: passei a gostar de literatura a partir de crepúsculo.
O que me deixa um pouco mais aliviada é o fato de que não segui a correnteza das ''ultra-românticas incorrigíveis'' que buscaram alento nos 50 tons de Cinza da vida. Assusta-me o fato de que estes livros estão sendo vendidos aos milhões enquanto os 'Dickens' e os 'Tolstóis' estão nas prateleiras, cheios de poeira.
Achei muito bom o seu texto. Parabéns!
ResponderExcluirA densidade com que você aborda o assunto somado ao modo linear em que sua crítica é desenvolvida, demonstra tanta certeza aos leitores, que quando lemos o seu texto uma palavra aparece constantemente em minha mente: verdade.
Na minha visão esse texto está totalmente ligado ao da alienação, também apresentado no blog.
Eu lembro que em uma das minhas provas de filosofia aparecia uma charge de um ser humano com uma televisão no local da cabeça, e na questão você deveria fazer um paralelo entre esse assunto e o mito da caverna de Platão. Resumindo, as pessoas estão tão conectadas a esse "sistema" que não conseguem enxergar a verdade, e o pior de tudo, os que enxergam são meio que "excluídos" de um círculo social, sacrificados como o personagem do mito da caverna. O comodismo cega as pessoas, e pensar diferente, principalmente no nosso país, virou um crime.
As pessoas estão cada vez mais homogêneas, mais plural e menos singular.
Provavelmente, essas pessoas ainda estão aprisionadas na caverna, vivendo da forma que outras pessoas idealizaram viver, até o momento em que o sol desperte as suas mentes e mostre que há muitas coisas além da escuridão.
Excelente texto , muito bom para refletir sobre o dia de amanha (12 de junho ) parabens Hp!
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