Setembro: mês de aniversário ;)


E setembro já está quase acabando e eu aqui quase esquecendo de fazer esse post...


Setembro é o mês de aniversário deste pequeno blog. E do canal no youtube, também.
E esse ano, tanto o blog quanto o canal faz 5 anos.
É muita coisa.
É meu record de tempo mantendo um blog.

E o canal do tuba que quase morreu 2 vezes hoje conta com mais de 6000 inscritos.
Isso é incrível.
Fico feliz por um lado e triste por outro: é gente pra caramba acompanhando o que eu faço e eu nunca vou saber quem são todas essas pessoas...
Aliás, curiosidade vai me fazer perguntar pra quem quer que esteja lendo este post: como foi que vocês vieram parar aqui?

Este nao é um blog literário.
Não é um blog de maquiagem.
Não é um blog atualizado frequentemente.
E o canal já foi muitas coisas.

Já foi sugestão de psicóloga pra aprender a lidar com feedback negativo (ninguém lia meu blog, mesmo - tinha que me expor de outro jeito).
Já foi resposta a videos de maquiagem do youtube (nos primeiros videos eu tentava seguir os passo-a-passos dos canais de belezuras e mostrava o resltado que nuuuunca ficou sequer parecido com o original,rs... Eu tinha meia dúzia de inscritos e a gente se divertia. Quis fazer uma bookshelf tour que levou 3 videos longos pra ser feita, quando nem tinha bookshelf tour no youtube - chamei de "coleçao de livros" e foi apresentada de pijama num domingo de manhã - by the way, 70% dos videos ainda sao feitos de pijama no domingo de manhã ;) . Num momento de "ah, mas isso tudo tá um lixo!", deletei todos os videos e voltei ao blog. Depois de uns 6 meses, voltei a postar videos, dessa vez falando sobre livros de inglês e sobre filmes do Alfred Hitchcock - esses eu me arrependo amargamente de ter deletado... E em 2009, eu decidi que fazer videos era um passatempo legal, liguei o "dane-se" pra qualidade dos videos, e bóra lá. Participei de encontrinhos, fiz amigos, passei a postar semanalmente só fazendo uma pausa de alguns meses quando o computador pifou e demorou pra poder comprar um novo...

Hoje o canal está dividido - dei início ao TINYlittleThInGs2 pras mulherzices, testes de bases, de máscaras faciais, de TAGs "o que tem na sua bolsa?" E coisas do tipo, e o principal ficou "só" pra livros, filmes, música, seriados e podcasts.

Já o blog...
Bom, na verdade, o blog nao faz 5 anos.
Faz 15.
E isso é assustador.
Eu tinha 15 anos quando comecei a postar minhas mazelas da vida, minhas letras de musicas favoritos e trechos de livros que julgava foda.
Minha barra lateral cheia de gifs. Meu "we can reach our destination, but we still a ways away" da Driver 8 do REM em algum canto do layout.
O LiveJournal (ainda existe?) que era a única plataforma gratuita de blogs no início dos tempos (o Blogger veio depois...).
Não tinha como deixar comentários. Um tempão depois que os blogs começaram a pipocar aqui e ali, criaram m popup com janelinha de comentários, mas era dificil de acrescentar o código html deles no template do blog.
Demorei até ter como receber comentários.
E os haters que já existiam na época enchiam o saco tanto quanto os de hoje em dia.
Troquei de endereço e de plataforma inumeras vezes.
O "Mais leve que o ar..."era praticamente nômade.
Fiquei 8 anos com esse título, só troquei pra "Tiny little things" na época da faculdade.

Este blog aqui nasceu da vontade de escrever sobre os zilhões de filmes que eu via na época, tanto devido as aulas eletivas de cinema na faculdade quanto no curso livre de cinema (muita obrigada à prefeitura de São Bernardo;).
Falar de livros veio logo em seguida.
E falar da vida sempre foi o principal.
Valvulazinha de escape pras coisas corriqueiras, pra pratica tosca da escrita, pra escrever o que ninguém lia, pra registrar o que eu nao queria esquecer e pra exorcisar o que eu queria esquecer.

A verdade é que eu adoraria ter talento pra escrever ;)
Mas isso fica pra proxima encarnaçao.
Enquanto isso, tem os textos do Hpcharles, que ninguém deveria deixar de ler.
Tem os videos no youtube pra quem quiser dicas de "bons livro", "boas música" e etc... Pra quem quiser rir da minha falta de noção, se incomodar com os meus "enfim"s, se revoltar com o meu sarcasmo, negativar porque nao gosto dos seus livros preferidos, nao faço propaganda de graça, nao aceito propagando do teu canal ou do teu blog nos meus comentarios, nao puxo o saco do seu tradutor preferido, nem de editoras que tratam bloggers/vloggers como escravinhos, não tolero trolls (pra esses, toda a intolerancia que um "block user" encerra, sem dó), ou, positivar porque... Sei lá, porque eu sou legal!rs.

Uma vez, em uma TAG, me perguntaram "qual a melhor coisa do youtube?", e eu, besta, nao soube responder na hora. Hoje eu acho que a melhor coisa é o fato de que consigo indicar canais bacanas que estao no começo e fico orgulhosa, como quem teve o dever cumprido, quando vejo o numero de incritos desses canais triplicar;) isso pode ter soado meio "olha como eu sou boa!", por falta de termo melhor, mas é a verdade ;)

Um grande abraço a todos - aos que assistem aos videos, aos que lêem o blog, aos que curtem a página no Facebook, aos que tem paciencia de esperar a resposta aos comentários (que sao todos lidos, mas a falta de tempo pra responder is a bitch...), aos que linkam o meu canal no canal de vocês, aos que fazem videos incriveis e inspiradores, às minhas amigas lindas e muito mais espertas do que eu Juliana Gervason e Patrícia Pirota, cuja amizade eu vou levar pra vida, e ao meu amorzinho Hpcharles, pessoa mais talentosa desse mundo ;)

Muito obrigada a todos e nao se esqueçam de comentar, avaliar e se inscrever...rs
Just kidding! rs

;)

Ficada, namoro e união estável. (por Hpcharles)


“A gente só ficou”. Quem já não ouviu isso? Para um cara velho pra caralho como eu, isso ainda soa confuso. Tá, sabemos que dar beijo na boca a três por quatro é bom demais, ninguém nega. Mas em tempos de “cutucada” de Facebook, qual é a mágica que distingue a ficada, do namoro e da “união estável”?

Notem que não escrevi “casamento”, porque os direitos e deveres adquiridos com o abrigo da união estável por nossa legislação, já englobam a instituição em comento. Além disso, discorrer sobre direito não é minha intenção. Sou um advogado que ODEIA direito. Isso mesmo, acho direito um saco. Escolhi errado, fazer o quê, né? “Sue me”!

A pergunta que não quer calar é: o que faz com que aquela pessoa com quem ficamos naquela festa (bar, buteco, festa de casamento, churrasco da facu, cinema, estádio de futebol, etc), se torne relevante em nossas vidas? Eis o mistério da fé...

Vou perguntar novamente: o que faz com que tenhamos o genuíno desejo de telefonar para certa pessoa no dia seguinte? Ou melhor, o que distingue essa tal pessoa, das outras que sequer lembramos após uma semana?

Alguns dizem que os opostos se atraem. Alguns aduzem que são os signos. Alguns afirmam que é o destino. Como não leio “NOVA”, acho que tudo isso é bullshit.

A atração física, o cheiro, o sexo, podem te fazer ligar no dia seguinte, mas para dar a mão no shopping, é preciso uma conexão maior. Para dizer, “é minha namorada(o), minha mulher(homem), esposa(marido), tem que ter um diferencial. De onde sai essa faísca transcedental?

Sinceramente, não acho que seja das diferenças. Pelo contrário, acho que vem das similaridades. Do gosto em comum, dos planos, da porra da conchinha após o sexo. O que faz a diferença são as idiossicrasias. Fez xixi na frente do amado, fechou a porta da geladeira com o calcanhar, soltou um “pum” debaixo do edredom, você está literalmente fodido. Se isso não é amor, não sei o que é...

Aceitar as piores características do outro e ainda assim querer estar junto, é o que vale. Dizer que ama filhote, todo mundo diz. O cara mais bundão do mundo ama alguém. O que importa de fato, é como você TRATA a pessoa a quem você diz que ama. O que importa é o que você FAZ pela pessoa a quem você diz que ama. O resto não importa. É problema seu com seus botões.

É claro que a máxima: “nós não escolhemos de quem gostamos” é verdadeira. Mas definitivamente escolhemos com quem ficamos e mais ainda, escolhemos com quem permanecemos.

Certo também que, nesse vendaval de opções, emoções e devaneios, rola uma patologia ou outra, porque ninguém é de ferro. Seja na insistência imbecil no que já acabou, seja no fechar de olhos para o que não pode dar certo, o consenso é de que, vez por outra, fazemos merda. Se aprenderemos com ela ou não, é outra discussão.

Ainda assim, a pergunta persiste. Talvez seja uma pergunta sem resposta. Quem sabe, o remédio seja mesmo fechar os olhos e se atirar. Talvez a solução para a equação esteja mais na torcida do que no cálculo. É, pode ser. Mas a vida, que é uma puta, vem e te cobra.  Então por favor...think it over.

Que não há fórmulas para a felicidade já sabemos, mas e para a infelicidade, será que existem? É cristalino que quando fazemos olhos de caixeiro viajante para o óbvio, corremos grande risco de contribuirmos para o inevitável fracasso. Ainda assim, às vezes insistimos no improvável. Depois temos que ouvir o filho da puta do “I told you so” vindo de mãe,  dos amigos, do porteiro e o cacete.

Só que, por vezes, também precisamos passar pelas más escolhas, condão da burrice desmedida, sinal da ferradura no pé. Depois aprendemos. Ou não, como diria Caetano Veloso (chato da porra).

Esse assunto sempre dará pano pra manga, mas uma coisa eu posso dizer com certeza: não há possibilidade da parada funcionar sem dedicação, sem abdicação, sem elã.

Filhão, se atira e vai. Sim, porque se não se atirar, não vai mesmo e vida morna é uma merda. Você quer segurança? Faz concurso público para o interior no estado.

Até o Robert Pattinson, vulgo “picão das galáxias”, teve que comprar um carro com teto solar. Não existe segurança total no amor. Mas existe você investindo, fazendo a sua parte e torcendo para tudo dar certo de um lado e, do outro lado, a vida. Às vezes a roda da fortuna está a seu favor e outras vezes não. Ninguém disse que seria fácil, mas se você não fizer o que te compete, aí é foda. O que é difícil, fica impossível.

Como já disseram, relação afetiva não é tênis, onde o objetivo é fazer com que o outro não devolva a bolinha. Amor mesmo, é frescobol, onde a grande sacada, é não deixar a bolinha cair no chão. Porque será então que, vira e mexe, atiramos a droga da bola com um canhão?

Mas no meio de tantas dúvidas, existe uma certeza. A de que ninguém quer ficar sozinho. A vida é um fardo duro para ser carregar e, por mais que existam uma meia dúzia de três ou quatro super-heróis por aí, precisaremos de ajuda em algum momento da vida.

E para isso, precisaremos descer de nossos pedestais de mármore e encontrar mérito e prazer na entrega vendada, no beijo no escuro, na conta conjunta. Precisaremos contar com a pessoa com quem dividimos o lençol e acreditem: é isso que nos redime. É isso que nos motiva a nos tornarmos seres humanos melhores.

O mais curioso é que essa entrega cíclope, essa mesma renuncia ao egoísmo e a ambição pessoal deslumbrada, tão exacerbada nos dias de hoje, é que paradoxalmente, nos faz sentir satisfeitos ao deitar a cabeça no travesseiro. A confiança de que não se está só. Confiar para colher. Dicotomia anacrônica.

Bom, já “fiquei”, já “namorei” e hoje estou mais para a “união estável”. Aquela mesma, de bambolê de otário. Tenho deveres a mais, preocupações a mais, sentimentos a mais. Ainda assim, eles fazem toda a diferença, mudam o placar,  valem a pena. Mas isso sou eu. Conversemos daqui há vinte anos...”ou não”, como dizia Caê. Acho que já disse que ele é chato pra caralho, né?


Hpcharles
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