Ingmar Bergman, 1966
"Pensa que não entendo?
O inútil sonho de ser. Não parecer, mas ser.
Estar alerta em todos os momentos.
A luta: o que você é com os outros e o que você realmente é.
Um sentimento de vertigem e a constante fome de finalmente ser exposta.
Ser vista por dentro, cortada, até mesmo eliminada.
Cada tom de voz, uma mentira.
Cada gesto, falso.
Cada sorriso, uma careta.
Cometer suicídio?
Nem pensar.
Você não faz coisas desse gênero.
Mas pode se recusar a se mover e ficar em silêncio.
Então, pelo menos, não está mentindo.
Você pode se fechar, se fechar para o mundo.
Então não tem que interpretar papéis, fazer caras, gestos falsos.
Acreditaria que sim...
Mas a realidade é diabólica.
Seu esconderijo não é à prova d´água.
A vida engana em todos os aspectos."
O filme é maravilhoso! Perturbador... Depois de assistir, comprei o livro Lanterna Mágica que foi escrito pelo diretor, mas não posso recomendar ainda pois não li.
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